
É com as tardes quentes de Verão que aproveitamos para ler os livros e para ouvir a música que durante todo o ano não conseguimos ler nem ouvir… Daí que o meu primeiro artigo seja uma sugestão de audição. Não há uma razão em especial para que a primeira obra que vos apresente seja esta, no entanto, considero que se enquadra muito bem nestas tardes quentes e ociosas, onde somos quase obrigados a descansar...
É num ambiente político e culturalmente conturbado que surge a figura de Jean Sibelius (1866-1957), a chamada “voz” do nacionalismo finlandês do fim do século XIX e início do século XX. Depois dos seus primeiros trabalhos influenciados pelo classicismo vienense e pelo romantismo inicial, Sibelius logo descobre os modelos nórdicos de Grieg e o espírito nacionalista. São as suas viagens a Berlim, Leipzig e Viena que lhe proporcionam o contacto com a música de cultura germânica, dando-se, então, um momento de viragem na sua produção musical, onde procura um estilo musical próprio, mais aproximado à cultura finlandesa e, de certo modo, mais progressivo. Mas a definição do seu estilo musical não se prende apenas com a tentativa de criar algo novo, sendo de extrema importância a cultura finlandesa, a conjuntura política e social que tanto o preocupavam e os debates estéticos que tinha frequentemente com um grupo de intelectuais pró-Finlândia
No Outono de 1899, Sibelius é convidado a compor a música para uma série de seis quadros que retractavam episódios da história e dos heróis finlandeses e que seriam apresentados numa “manifestação” a favor da autonomia do território finlandês que então se encontrava sob o domínio russo. Desta proposta surgem seis poemas sinfónicos, cujo número final, com o título O despertar da Finlândia, foi adaptado no ano seguinte e transformado numa peça de concerto independente, sendo estreada no ano de 1901 em Helsínquia. Após alguns problemas com a escolha do título, é a boa aceitação do público e esta importante ligação com as aspirações de liberdade do povo finlandês que proporcionam que o título definitivo seja o que hoje conhecemos: Finlândia. Atendendo às características gerais do género (o poema sinfónico), Sibelius estabelece uma importante comunicação com o público, mais do que a mera representação pictórica do quadro que tem como "base", conseguindo de uma forma excepcional a exaltação dos sentimentos nacionalistas.
É num ambiente político e culturalmente conturbado que surge a figura de Jean Sibelius (1866-1957), a chamada “voz” do nacionalismo finlandês do fim do século XIX e início do século XX. Depois dos seus primeiros trabalhos influenciados pelo classicismo vienense e pelo romantismo inicial, Sibelius logo descobre os modelos nórdicos de Grieg e o espírito nacionalista. São as suas viagens a Berlim, Leipzig e Viena que lhe proporcionam o contacto com a música de cultura germânica, dando-se, então, um momento de viragem na sua produção musical, onde procura um estilo musical próprio, mais aproximado à cultura finlandesa e, de certo modo, mais progressivo. Mas a definição do seu estilo musical não se prende apenas com a tentativa de criar algo novo, sendo de extrema importância a cultura finlandesa, a conjuntura política e social que tanto o preocupavam e os debates estéticos que tinha frequentemente com um grupo de intelectuais pró-Finlândia
No Outono de 1899, Sibelius é convidado a compor a música para uma série de seis quadros que retractavam episódios da história e dos heróis finlandeses e que seriam apresentados numa “manifestação” a favor da autonomia do território finlandês que então se encontrava sob o domínio russo. Desta proposta surgem seis poemas sinfónicos, cujo número final, com o título O despertar da Finlândia, foi adaptado no ano seguinte e transformado numa peça de concerto independente, sendo estreada no ano de 1901 em Helsínquia. Após alguns problemas com a escolha do título, é a boa aceitação do público e esta importante ligação com as aspirações de liberdade do povo finlandês que proporcionam que o título definitivo seja o que hoje conhecemos: Finlândia. Atendendo às características gerais do género (o poema sinfónico), Sibelius estabelece uma importante comunicação com o público, mais do que a mera representação pictórica do quadro que tem como "base", conseguindo de uma forma excepcional a exaltação dos sentimentos nacionalistas.
É a sua energia e, ao mesmo tempo, toda a sua solenidade que fazem deste tema o mais conhecido de Sibelius, ao mesmo tempo que é, indiscutivelmente, um símbolo patriótico para todos os finlandeses.
Aproveitem, então, uma tarde destas para ouvir este belíssimo tema…
Aproveitem, então, uma tarde destas para ouvir este belíssimo tema…
2 comentários:
olá.gostei do texto mas sabes como posso escutá-lo?
obrigado
Gostaria de saber se em vida Jean Sibelius, deixou declaração de dominio publico de sua obra musical?
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