«Olivier Messiaen, falecido a 28 de Abril de 1992, foi um homem e um artista singular. Só, à margem das correntes da moda de revolução, foi contudo um inovador dos mais originais.», segundo Sidónio de Freitas Branco Paes.
Nascido numa família não crente, a sua fé católica é assumida, inabalável e é um traço predominante nas suas composições. Mas além desta religiosidade, o seu amor pela natureza fá-lo dedicar-se à ornitologia e à recolha dos cantos dos pássaros, usando-os nas suas obras.
A Liturgia de Cristal é o primeiro andamento do denominado Quarteto para o Fim do Tempo, «um caso especial na música de Messiaen». Esta obra foi composta em 1941, enquanto Messiaen era prisioneiro de guerra num campo de concentração nazi, e a sua estreia deu-se em 1942 nesse mesmo campo. A instrumentação é muito pouco usual: Clarinete em Si bemol, Violino, Violoncelo e Piano, mas, mais uma vez, prende-se com as circunstâncias em que foi estreada e com os músicos que este compositor tinha ao seu dispor.
O título, fim do tempo, está directamente relacionado não só com o contexto de guerra que se vivia, mas também com um novo avanço no conceito de tempo musical.
Termino com umas palavras do próprio Messiaen: «Je ne suis pas théoricien... seulement croyant. Un croyant ébloui par l'infinité de Dieu!»
Nascido numa família não crente, a sua fé católica é assumida, inabalável e é um traço predominante nas suas composições. Mas além desta religiosidade, o seu amor pela natureza fá-lo dedicar-se à ornitologia e à recolha dos cantos dos pássaros, usando-os nas suas obras.
A Liturgia de Cristal é o primeiro andamento do denominado Quarteto para o Fim do Tempo, «um caso especial na música de Messiaen». Esta obra foi composta em 1941, enquanto Messiaen era prisioneiro de guerra num campo de concentração nazi, e a sua estreia deu-se em 1942 nesse mesmo campo. A instrumentação é muito pouco usual: Clarinete em Si bemol, Violino, Violoncelo e Piano, mas, mais uma vez, prende-se com as circunstâncias em que foi estreada e com os músicos que este compositor tinha ao seu dispor.
O título, fim do tempo, está directamente relacionado não só com o contexto de guerra que se vivia, mas também com um novo avanço no conceito de tempo musical.
Termino com umas palavras do próprio Messiaen: «Je ne suis pas théoricien... seulement croyant. Un croyant ébloui par l'infinité de Dieu!»
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