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terça-feira, 11 de setembro de 2007

...E de Paul Dukas??!

Durante a sua vida, Paul Dukas foi compositor, professor e crítico musical, posição esta que lhe proporcionou maior influência sobre o público, talvez mais do que as suas próprias composições. «As suas opiniões informadas revelam grande sensibilidade musical e sensibilidade às modificações estéticas que então se operavam durante o período da sua vida», como escreve Manuela Schwartz, in The New Grove Dictionary of Music and Musicians. Dukas é influenciado pela sua mãe a estudar piano, mas só aos 16 anos é que decide estudar no Conservatório. Após ter deixado o conservatório e ter ingressado na vida militar, Paul decide ser crítico musical, por volta de 1892, sendo bastante importante a influência do seu irmão Adrien, do seu tio e de alguns amigos seus como Camille Benoît e Vincent d'Indy, que lhe deram preciosos conselhos sobre estética, filosofia... É de salientar a visão universal que este compositor possuía, visão esta bem patente na correspondência que mantinha com Vincent d’Indy, Dujardin e Falla, bem como com o seu amigo e conselheiro, o advogado Paul Poujaud, onde discutia, não só história, como política, estética e filosofia.
Entre 1892 e 1932 expressou as suas opiniões sobre os aspectos da música e da cultura contemporânea em cerca de 410 artigos, em publicações como La Gazette des Beaux-Arts, Le Fígaro, Revue Musicale, etc.
Em 1916, curiosamente, casou com uma luso-descendente, Suzanne Pereyra, da qual teve uma filha.
Morre em Paris a 17 de Maio de 1935, local onde havia nascido há 69 anos.

Baseado num poema de Goethe, este poema sinfónico foi estreado em Paris, na Sociedade Nacional, a 18 de Maio de 1897, sob a direcção do próprio compositor e teve êxito imediato. As peripécias de Mickey reproduzem fielmente o poema e a história que tão brilhantemente Dukas conseguiu “contar”. É, certamente, a excelente orquestração, a vivacidade rítmica e a extraordinária clareza de construção de fazem desta obra a mais conhecida deste compositor.
Nem vale a pena descrever todos os “passos” desta obra, uma vez que o vídeo de Walt Disney, de 1940, faz uma junção tão perfeita entre a música e as imagens. No entanto, os críticos não apoiaram o filme Fantasia, que havia sido estreado a 13 de Novembro de 1940, e só a partir da década de 60 é que começou a ser apreciado pelo público em geral, sendo um dos vídeos mais vendidos de sempre (após o seu lançamento em VHS em 1990).

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