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domingo, 22 de março de 2009

Salomé - Richard Strauss

Dando continuação à temporada de ópera, o Teatro Nacional de São Carlos apresenta a obra de Richard Strauss, Salomé, um Musikdrama em um acto.

Récitas:
26 e 30 de Março, 1, 27 e 29 de Abril às 20h
28 de Março e 5 de Abril às 16h
Matinée Famílias: 5 de Abril


Libreto: tradução alemã de Hedwig Lachmann (1865-1918) da peça teatral de Oscar Wilde (1854-1900).
Direcção musical: Julia Jones
Encenação: Karoline Gruber
Cenografia e figurinos: Hermann Feuchter
Desenho de Luz: Hideaki Yamamoto
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Co-produção [Nova produção]: Biwako Hall (Japão) e Teatro Nacional de São Carlos


Intérpretes:
Salome: Nancy Gustafson
Herodes: Carlos Guilherme
Herodias: Graciela Araya
Jochanaan: Jason Howard
Narraboth: Musa Nkuna
Pajem: Cátia Moreso
1ºJudeu: Karl Michael Ebner
2º Judeu: João Miguel Queirós
3º Judeu: Sérgio Martins
4º Judeu: João Rodrigues
5º Judeu: João Oliveira
1º Nazareno: Leandro Fischetti
2º Nazareno: Carlos Pedro Santos
1º Soldado: João Merino
2º Soldado: Rui Baeta
Cappadocier: Ciro Telmo
Escrava: Maria João Sousa

«Rejeitando a versão versificada do libreto germânico, Strauss resolve conceber a ópera Salome directamente a partir do texto teatral em alemão, incidindo o seu trabalho no corte de secções e em pequenos arranjos estruturais, criando quase uma adaptação directa do teatro para a ópera. Esta técnica não será tão diferente de alguns dos trabalhos anteriores do compositor se se estabelecer um paralelo com os seus Poemas Tonais, obras sinfónicas baseadas em textos literários, género tão cultivado por Strauss. O facto da ópera decorrer num único acto transcomposto, sem interrupções, permite aproximá-la ainda mais da produção sinfónica do autor - um Poema Tonal com texto. Salome foi recebida com reacções contrastantes. Por um lado foi um sucesso, garantindo inúmeras apresentações nos principais teatros de ópera e, simultaneamente, consolidando a reputação do seu compositor; por outro, o tema da ópera, assente na figura mítica de Salomé, causou enorme escândalo. A obra chegou a ser banida em vários teatros, tendo para isso contribuído a abordagem às secções mais ousadas do texto de Wilde: a dança erótica dos sete véus, aludindo à nudez integral, e a cena de amor de Salomé com a cabeça de S. João Baptista, remetendo para a necrofilia, passagens que Strauss fez questão de manter e até enfatizar. Controvérsias à parte, Salome tornou-se um marco na carreira do compositor que abandonaria o modelo de Poemas Tonais, uma constante na sua obra até então, para abraçar definitivamente o género operático. Na sua harmonia cromática, melodia prosódica e complexidade orquestral, Strauss afirmava-se como um dos principais compositores germânicos, do início do século XX, numa linha de continuidade com a tradição operática wagneriana.» Texto Tiago Cutileiro, Marta Nunes no site do TNSC

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